Frente aos últimos acontecimentos na gestão do INSS, em que o presidente Francisco Lopes foi exonerado do cargo após grave denúncia, feita pelo jornal O Globo, de que assinou contratos com empresa de informática cuja sede era em um depósito de bebidas em Brasília, defendemos eleição direta para todos os cargos de gestão, com mandato por tempo determinado e renovável a qualquer momento.
É inaceitável que os cargos de gestão do Instituto sejam ocupados por indicações políticas que enxerguem nesses postos oportunidade de favorecimentos e desvios de verbas. Os serviços públicos de um modo geral, e o INSS em específico, enfrentam uma séria situação de sucateamento e desmonte, com cortes de investimentos, ameaças de privatização e falta de servidores.
Não podemos admitir que, enquanto o Governo trabalha para aprovar uma reforma da previdência que retira direitos da população, sob a justificativa de que esta é a única solução para a crise econômica do país, os escolhidos aos cargos de gestão do INSS firmem contratos de quase R$ 10 milhões com empresas fantasmas, passando por cima dos pareceres negativos da equipe técnica do Instituto.
É urgente a defesa de eleição direta para os cargos de gestão. Defendemos, inclusive, que para a escolha do próximo presidente do INSS seja organizada uma lista tríplice, a partir de critérios definidos por toda a categoria. Os servidores públicos precisam ter o poder de eleger os gestores mais capacitados tecnicamente para a boa e transparente administração do INSS.
Sindicatos e FENASPS devem organizar um Dia Nacional de Luta contra a ingerência política e pela eleição dos cargos de gestão no INSS!
