Nesta quarta-feira, dia 10, cerca de dois mil trabalhadores municipais e municipalizados vão interromper suas atividades no setor da saúde. Com a paralisação, os servidores da saúde reivindicam o cumprimento da jornada semanal de trabalho de 30h no setor. Com a privatização na saúde de Porto Alegre, através da Implantação do Instituto de Estratégia da Família (IMESF), o prefeito de Porto Alegre José Fortunati pretende ampliar a carga horária dos servidores. A exploração vem acompanhada de um serviço bastante precarizado, sem condições de trabalho e com falta de trabalhadores.
Nas assembleias realizadas na última semana, os trabalhadores do SUS já adiantaram à adesão à paralisação e disseram que não aceitarão “a intolerância e a falta de sensibilidade demonstrada pelo prefeito”, diz uma servidora.
A agenda de mobilização inicia com paralisação dos servidores municipais e municipalizados à zero hora de quarta-feira (10), nas Unidades Básicas de Saúde, Pronto Atendimento e Hospital Pronto Socorro; às 10h, na Igreja da Pompéia, tem assembleia geral unificada dos trabalhadores do SUS; após, os trabalhadores se encaminham para a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, onde ocorrerá um almoço e ato unitário; as atividades serão finalizadas às 17h, com uma audiência entre o prefeito Fortunati e as entidades sindicais representativas dos trabalhadores do SUS.
A mobilização dos trabalhadores é muito importante nesta jornada de luta contra os ataques à categoria. É preciso que estejamos juntos para garantir nossos direitos trabalhistas, que também envolvem a comunidade porto alegrense, pois somente com mais contratações através de concursos públicos,, na área da saúde, o fim do desvio de recursos que deveriam ir para a manutenção dos serviços, a garantia dos direitos dos trabalhadores, e o fim da precarização do serviço público é que poderemos atuar com qualidade e dignidade para a população. À luta, companheiros!
